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terça-feira, 19 de março de 2013

Marcado para morrer

Eu gosto de escrever, mas acredito que algumas vez o que escrevo acaba ficando incoerente.
Recentemente eu fiz esse "poema" e não sei o motivo de não ter postado antes.


[ESCLARECIMENTOS]
Apesar de eu ser vegetariana e ter um conhecimento básico sobre como os animais vivem nas fazendas e como morrem,  Marcado para morrer foi algo que tive alguma dificuldade para escrever por causa do tema.
Para possuir um conhecimento melhor sobre este assunto, acredito que o melhor é assistir documentários. Contudo... como posso dizer? Eu sou fraca, e sempre fico atordoada ao ver documentários. Já comecei a assistir alguns, porém não consegui terminar nenhum, pois o pouco que vi me deixou bastante transtornada. 
Eu prefiro ler, mas é tanta coisa que às vezes esqueço, ou leio e não lembro. E mesmo assim, no meu caso, acho que não faz tanta diferença entre assistir e ler (me refiro a vida desses animais que são criados para consumo!), pois quando leio imagino a situação.
Enfim, com o conhecimento que tenho e com as informações adquiridas de um texto que li, se não me engano foi no site do PEA, fiz esse poema. Bem, caso haja algo muito incoerente ou... não sei! Apenas me dê tua opinião através dos comentários.



Marcado para morrer 
Ele não tem culpa de nada 
Não fez mal algum 
Pagará pena de morte.
Marcado para morrer 
Foi retirado de sua mãe
Uma numeração ele recebeu
Foi viver numa fazenda.
Marcado para morrer
Vida indigna
Seu sofrimento constante
Comendo a todo instante.
Marcado para morrer
Perto da morte:
Agonia;
Agitação;
Batimentos cardíacos acelerados.
Marcado para morrer
Em fila ele é colocado
Conduzido por vara de eletro choque
Uma arma é empunhada sobre sua cabeça.
Marcado para morrer
Pendurado pela pata traseira
De cabeça para baixo
(Ainda vivo) Seu corpo é esfolado.
Marcado para morrer
Ele é degolado
Mas talvez não morra
Seu sangue jorrando desenfreadamente.
Marcado para morrer
Talvez não tenha morrido ainda
Seu corpo é totalmente esfolado,
suas patas, tetas e línguas são cortadas.
Marcado para morrer
Colocado em uma esteira
Vem a serra elétrica
Corta seu corpo em dois.
Marcado para morrer
A carcaça num frigorífico
Ainda com sangue quente
Precisa ser resfriada.
Marcado para morrer
As partes do corpo levadas para um açougue
Cortadas em pedaços
Pessoas compram e saboreiam o sofrimento de um pobre animal.
Marcado para morrer...

Karine Melo


4 comentários:

  1. Querida Karine,

    Conheci teu blog há pouco, mas já tenho grande admiração por ti.
    Tens uma sensibilidade única!
    Parabéns pela bela poesia.
    Abraços,
    Paula.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Paula!
      Muito obrigada pela visita, pelo comentário e pelos elogios ♥
      Beijão^^

      Excluir
  2. Karine, apesar de carnívoro, creio que sua ideologia é bastante convincente e que você tem uma boa oratória ao expressar isso, isso te faz uma garota com uma imagem exótica e exuberante, confesso que não sinto muito arrependimento ou qualquer sentimento negativo ao comer um pedaço de carne, mas respeito tua opinião e lhe incentivo a continuar a propagar tua ideia, você vai chegar longe! :D

    Paulo Ramos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Paulo insensível!
      Obrigada pelos elogios, comentários e visita.
      Bem, espero que um dia você mude de opinião e se torne Vegetariano...

      Excluir

Olá!
Fico feliz que esteja aqui, você é livre para opinar.
Agradeço-lhe caso não use palavras ofensivas para se "expressar."
Lembrando que comentários em ANÔNIMO são permitidos, pois acredito que se eu não permitisse, estaria criando assim uma ditadura. Mas não se intimide em comentar publicamente.

Obrigada.

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